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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

FELIZ NOVO ANO



As coisas boas da vida comemora-se com o dito "champagne".
Nem que seja um vinho espumoso, a rolha  salta alto  para comemorar a alegria de um ano novo.
Mas será para saudar o Ano Novo ou comemorar o Ano Velho que agora finda?
E saudamos à incógnita, ao desconhecido!
E dizemos adeus aos bons momentos que o  ano velho nos ofereceu porque dos maus é para esquecer...

Mas...enquanto dentro, festejamos com tiros de rolhas para o tecto espirrando espuma e fora ,os espirros do fogo de artifício, há a outra parte desta festa que é festa vazia, sem água sequer;  só com fogo do fumo da pólvora!
Desculpem...mas é esta a verdade que passa todos os dias na nas nossas televisões!
Tudo por causa de uns milhões a mais, de poderes demais!
Não há que enganar nem fazer de conta...

Mas nada é definitivo!
Por isso cantemos e brindemos à nova aurora  de cada dia!
Ano Novo é cada dia que nasce para nós
Ano Novo é poder VER o que nos rodeia e agradecer a Luz que nos abraça.
Ano Novo é deitarmo-nos com saúde e dormir com o sono dos JUSTOS
Ano Novo é a  paz que temos em nós e a espalhamos ,espelhando-nos
Ano Novo é dar a mão sempre que um irmão precisar
Ano Novo é abrir uma garrafa de um outro qualquer vinho e brindar aos AMIGOS, à PAZ, à SAÚDE, a cada DIA que DEUS nos concede.
Ano Novo é quando tenho flores para brindar a vossa presença esquecer-me de mim e voltar a ter os meus bonecos de peluche para me sentir criança de novo.
Para ti, meu amigo/a as minhas flores no meu abraço,
para um ANO FLORIDO e MUITO FELIZ!

Beijo

Túlia



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E ANO NOVO!







Natal.
Festa da família  festa da alegria!
Gostaria de ser otimista hoje aqui e agora mas não! Não posso.
Há o outro lado de mim que me chama para dizer em palavras simples o que a outra parte de mim sente.
Natal foi Festa da Família, sim. 
Hoje que festa da família quando tudo se desagrega, quando há tantos desencantos num amor que é só fachada, em filhos que andam de casa em casa - não de lar em lar - como bolas de ténis em campos frios e minados de ruídos silenciosos?
Claro que sei que nem tudo é assim. Que nem todos são assim. Que há exceções...
Este seria o  Natal  de família tradicional, dirão muitos, de ultrapassada. 
Sei.
Mas há mais Natais que ficam pelos caminhos de ninguém. 
Não, já não falo dos pobres - ah, deixem-me dizer pobres, porque é isso que são os que têm fome de amor, justiça , emprego e pão ! Mas agora não deve dizer-se assim. Agora são os carenciados. Carentes. 
E um carente o que é senão um pobre de tudo? Ah esta sociedade que gosta de máscaras para se dizer solidária. Sim porque agora também não se deve dizer Caridade. 
Isso é  da religião. Agora é solidária!
E aí estão as senhoras de avental ajudando,-  muito bem vestidas de resto - os "carenciados"!
Deixem soltar este  grito azedo que me corrói a alma quando vejo máscaras num lado, e festanças no outro.
É a crise, dirão. 
A crise foi provocada pela oferta de dinheiro - meu Deus o que não andará pelo meio! - as gentes gastaram porque os bancos assediavam com ofertas em que os papalvos caíam! Agora dizem " Gastamos demais e agora temos que pagar"! Quem gastou? Quem comeu? Quem corrompeu? Quem fugiu?
E paga o justo pelo pecador!
Pobres, sempre houve. E ricos também. Agora querem que haja uma igualdade  quando é só apregoada para parecer bem nos Direitos do Homem! Mas como? Onde está a doutrina "não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar"?  O maior problema é que o drama maior está na falta de emprego. E aí sim. Nem cana para pescar peixe. Não há mais onde pescar. Aqui começa o drama. 
Cresci entre os humildes que é assim que gosto de chamar. Cresci brincando com eles, falando com eles,  ,comendo com eles, repartindo com eles. 
E é por isso que para mim a humildade é das virtudes mais raras e cara que há. Porque todos gostam de ser muito no sentido social, possuir muito. Assim é que têm estatuto. Assim são alguém na vida...
Mas quem é quem na vida?
Não somos nada. Não temos nada. Temos a vida e isso a devemos ao Criador. 
Mas até Este não sei como suporta tanto! Como são capazes de não ver  que para lá das cortinas, existe um Pai? 
Mas por aqui não vou. Respeito porque a fé é um dom. E" Graças a Deus muitas, mas com Deus nenhumas!" - diz o ditado...

Desculpem este texto de Natal. 
É suposto cantar o Natal e eu canto! Mas hoje apeteceu-me brindar
aos desamparados da fé, 
aos sem abrigo, 
aos desvalidos, 
aos doentes, 
aos velhinhos, 
aos que sofrem. 
Aos mutilados, 
aos inválidos.

Para eles também um bom Natal. Um alegre Natal se puderem! Mas a Paz faz poiso na casa deles!

Para vós meus amigos que me lestes, perdoai este desabafo. 
Não o leiam no Natal. 
Deixem para depois.

E para vós meus companheiros de jornada, que ainda são tão poucos, vos desejo
um FELIZ E ALEGRE NATAL na companhia de quem mais amais.
Vossa

Túlia




Recados de Natal Natal


 FELIZ NATAL E BOM ANO NOVO PARA TODOS!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mais do que sonho







mais do que um sonho: comoção!
sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.

e recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.

mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor. 


David Mourão Ferreira


Quem melhor que David Mourão Ferreira para cantar a beleza do amor com o seu dom de extraordinário poeta?
Aqui vos deixo a festa da poesia!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Amar



“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”


Clarice Lispector




Todo o Amor tem como recompensa mais amor!
Só dá amor quem ama.

Túlia


sábado, 17 de novembro de 2012

Lágrima de Preta





Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterlizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Madei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro
nem vestígios de ógio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.


António Gedeão
Tela : Van Gogh

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ilha

 

David Mourão-Ferreira
Deitadas és uma ilha. E raramente
surgem ilhas no mar tão alongadas
com tão prometedoras enseadas
um só bosque no meio florescente

promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da planície adolescente

Deitas és uma ilha. Que percorro
descobrindo-lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro

ou se te mostro só que me inebrias
Amiga amor amante amada eu morro
da vida que me dás todos os dias.

 
David Mourão Ferreira
Pintura - Arthur Brav.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sabedoria





O sábio é humilde porque sabe quanto não sabe.
O tolo incha-se de vaidade com o pouco que sabe, com o quase nada que aprendeu.
Os sábios entristecem-se pelos quilómetros que ainda lhes falta percorrer na senda do crescimento, da maturação.
Os tolos orgulham-se da meia dúzia de palmos ou metros que andaram. Ás vezes para trás...
A sabedoria maior não é da ciência, da tecnologia, dos grandes estudos. A sabedoria maior, mais alta e mais funda é a bondade expressa em obras.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Amor e Sabedoria


Já não sei para onde fluem os dias dos meus crepúsculos.
Limito-me a olhar as cores de um sol poente que tanto me falam de Ti.
Sigo a estrada da vida e em vez de encontrar a pureza das flores
encontro a aspereza dos cardos que em vão tento contornar.
Quero que na minha estrada o limite dos meus sonhos seja
a Tua  invisível presença.
Tudo me dói, tudo me pesa, tudo me sucumbe.
A Sabedoria diz-me que não sou nada.
E eu digo que nada sei de Ti.
Não saber e nem Te ter, como ver as cores do sol que criaste para mim?
Mas vejo-Te nos reflexos em espelho, adormecidos nas águas onde a mansidão
do Universo se espelha calma e doce!
Por isso Te amo  pela grandiosidade que emprestas às banalidades que fazem o meu dia.
Por isso Te amo no Belo queTe reflete .
Por isso Te amo porque sei e sinto que eu sei tudo, por tanto me quereres!
Não sou nada. Mas sei tudo.
...Porque me segredas  o Amor e a  Sabedoria!

Túlia Catalão

domingo, 30 de setembro de 2012

Belo!

 Fotografia da net


Há imagens que valem por mil, por milhões de palavras.
 Foi uma viagem vertiginosa e estonteante , esta,   na  incomensurável velocidade dos pensamentos!
Não sei se me emocionou  a enternecedora  postura e admiração deste amigo pela grandiosidade que se estendia diante de si, se me inquietou este  olhar  penetrante  na paisagem  que se deitava a seus "pés " .
E a minha pequenez nas  constantes deambulações existenciais foi o degelo onde os  pedaços água aqueceram a insensatez do orgulho humano.
A majestade da sua pose, a beleza da sua imagem, esta espécie de respeito pela grandiosidade que se lhe depara diminuiu-me como ser pensante.
Dir-se -à que é uma coincidência.
Mas que coincidência mais estonteantemente magnífica!
Que lição de leitura do belo!
Se não a tivesse como  uma foto, diria que é uma montagem fotográfica. Mas não importa qual a importância da realidade e do possível.
O que me atrai é a convergência de pensamentos no mútuo êxtase deste panteísmo !
"Obrigada irmão"- assim diria S. Francisco de Assis!
Admirável mundo este!

Túlia Catalão

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Amor



Caminho entre as veredas enxergando
clareiras de braços em cada árvore
que se ergue na altivez do dia. Atravesso- as
em galhos secos que me rompem a alma ou
em folhas que falam, me afagam a pele com
cheiro a madrugadas orvalhadas. Troncos rugosos
que me olham com saudades dos meus cabelos.
Não tenho luz, nem ar, nem vento para lhes matar
a sede do cansaço e solidão, nesta estátua  esguia  com  vida.
Mas levo o amor que viaja no canto dos segredos do meu peito.
Guardo como jóia onde que lhe possa roubar a sua cor.
E invade-me a sensação de um todo.
Um todo que não sei ler  em mim.
Aquele que é de tudo e todos.
Aquele que abraça o mundo, que é azul e cristalino
como a fusão do céu e do mar.
Um todo que é tudo na vida
que sem ele nada tem :
Amor!

Túlia Catalão





quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A vida é...






A vida é...
...Um desafio...Vá ao seu encontro
...uma dádiva...Aceite-a
...uma aventura...Aventure-se
...uma aflição...Vença-a
...uma tragédia...Enfrente-a
...um dever...Cumpra-o
...um jogo...Participe nele
...um mistério...Desvende-o
...uma canção...Cante-a
...uma oportunidade...Aproveite-a
...uma viagem...Complete-a
...uma promessa...Cumpra-a
...uma beleza...Louve-a
...uma luta...Bata-se por ela
...um objetivo...Atinja-o
...um quebra-cabeças...Resolva-o.

F. Robinson

Fica-nos o a amargura do  pouco tempo para cantar esta canção mas vale  pena o desafio desta aventura...
Como dádiva  cabe-nos saber aproveitar todas as oportunidades para jogar este emocionante jogo que tem tanto de belo como de mistério...
O objetivo será sempre fazer uma emocionante viagem cujo percurso seja o mais longo possível fazendo a nós mesmos a promessa de sermos felizes! 

Túlia Catalão

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Otimismo

Imagem-Net
      No despenhadeiro de uma crise económica e de valores, afundamos facilmente em precipícios de pessimismo.
As dificuldades e incongruências a todos aos níveis limita-nos os passos acorrentando-nos a uma inércia onde tudo parece terrivelmente difícil e intransponível.
De qualquer forma a vida fervilha à nossa volta, para despertarmos com ela. Assim, saímos da nossa concha e o cinza de dentro transforma-se no azul de fora.
O pessimista, dizem que é a outra face do otimista.
A propósito deste assunto li que numa famosa Universidade, o Conferencista iniciou a sua palestra colocando um quadro negro diante do público que enchia por completo as dependências do salão nobre. No quadro negro afixou um papel em branco. Sobre o papel branco fez um ponto preto:
-O que é que vocês vêem aqui?-perguntou o professor.
-Um ponto escuro- repetiram todos.
-Eu vejo uma folha em branco- explicou o mestre.
 É assim  na rosa: onde uns vêem a formusura da flor, outros vêem  os espinhos.
Vale a pena ter olhos e coração para ver o lado luminoso e belo das coisas, das pessoas, da vida, do amor.
Cada problema tem sempre uma oportunidade encoberta...Mas é a arte de contornar, desmascarando o encoberto que distingue dois homens: O pessimista e o otimista.
Mesmo nas horas difíceis, não destruamos em nós nem nos outros as flores de esperança em bouquets de sorrisos!
 
 
Túlia Catalão
 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Não



Outro ser que não eu
Outra rua que não a minha
Não me encontro neste vale roto, de gente com fome, vestida de revolta
que bebe a sede da ignorância não por necessidade mas por obrigação
Não aos pobres indigentes de fome porque só se é indigente de amor
Não à indigência na dor porque só se tem fome da cura
Não à indigência da tristeza porque só se tem pressa de um sorriso

Não somos solitários e inertes.
Somos vida em constante busca de raízes procurando florir.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ontem


Sabes, Pai, era assim que me vias tantas vezes!
E o mundo que construíste com a tua persistência era  rodeado de flores vindas "de fora" pedidas pela mãe! As nossas vozes eram o teu arco íris.
A primavera era um estalido de cores no jardim geométrico  bordado de buxos  com matizes de margaridas e amores perfeitos. As flores e tu. Tu e as flores.As flores e nós!
E os bibes bordados, com laços e rendas eram a cópia que a mãe fazia das flores, com as suas mãos de ternura.
O sol era morno, a minha fita de seda no cabelo era a coroa da tua princesa! os malmequeres foram sempre bemmequeres neste reinado que não era fantasia!
Os linhos eram a seda com a que a mãe nos cobria, cheirando à frescura da vida e da terra.
As brincadeiras são  a música que se faz sentir ainda hoje nesta harpa solitária!
Hoje Pai, ficam as saudades de ti na memória de uma Sonata Vazia!


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Charco



Não sei de mim.
O meu tempo é o tempo que me alcança sem o ver
Sou a terra e o fruto da água que transpira amor e dor
Vibro em cada espiga, em cada mergulho do sol pôr
E tropeço em cada charco no lodo viscoso das insanidades inodoras, tão insípidas
Sou o louco que expirou ingenuidades com o tempo e não cresceu com as suas loucuras.
Ah solidão dos caminhos de ninguém
Aperta-me nos braços das flores
Quero adormecer no vale da saudade
Depois, subir, ir beijar as nuvens
Aqui tudo me enoja e enjoa
Cheira à podre falsidade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Meu amor



Meu amor!
Como eu pensava conhecer-te. 
O vento varreu-te da minha sombra!
Nela ficou escrito o teu beijo
na plumagem das árvores e na pele virgem dos meus lábios.
E ficou a sede  de ti e do pólen que abrigava as nossas mãos.
Jaz o fúnebre desejo de voltar a amar-te no leito das folhas verdes
que foram
que são
Mas eu...
...não!

Túlia